Paulo Rangel assume união de facto em nova declaração
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, atualizou recentemente a sua situação pessoal junto da Entidade para a Transparência, ao declarar que vive em união de facto. Esta atualização surge na sequência da compra de um apartamento T1 no Beato, em Lisboa, realizada em outubro de 2024, por 580 mil euros, valor pago a pronto.
Compra com isenção de IMT gera polémica
Segundo a revista ‘Sábado’, o imóvel beneficiou de uma isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), ao abrigo da classificação de “interesse público”, uma decisão que levanta suspeitas de favorecimento político e possíveis critérios pouco transparentes.
A declaração anterior de Paulo Rangel, entregue em junho de 2024, aquando da sua entrada no Governo, indicava que o político se encontrava solteiro. A nova declaração apresenta a sua união de facto, o que reforça a visibilidade da sua vida pessoal, algo que o próprio sempre tratou com discrição pública.
Paulo Rangel assume união de facto: “Não é segredo, mas é vida privada”
Em 2021, Paulo Rangel assumiu publicamente a sua orientação no programa ‘Alta Definição’, da SIC, sublinhando que nunca a escondeu, embora optasse por preservar a sua vida privada. “Não é nenhum segredo, mas também não é uma coisa para se publicar nos jornais nem pôr nas televisões”, afirmou na altura.
Rangel também alertou que a orientação sexual pode ser usada como “arma de arremesso” no debate público, e desde então manteve uma postura discreta sobre a sua vida pessoal.
União de facto e escrutínio político
A combinação de dois fatores — a compra do imóvel com isenção de impostos e a declaração de uma união de facto após entrada no Governo — tem motivado debate público e político. A transparência dos titulares de cargos públicos é cada vez mais exigida, sobretudo quando envolvem benefícios fiscais e alterações patrimoniais relevantes.